FELIZES
“sem nada” esperar…
A lei, segundo fora dada por Moisés, recomendava uma mui terna consideração para com o pobre.
Quando um homem pobre dava sua roupa em penhor, ou em garantia por uma dívida, não era permitido ao credor entrar-lhe em casa a fim de a ir buscar; devia esperar na rua para que o penhor lhe fosse levado.
E fossem quais fossem as circunstâncias, o penhor devia ser restituído a seu dono ao pôr do Sol. Deuteronômio 24:10-13.
No tempo de Cristo essas misericordiosas providências eram pouco atendidas; mas Jesus ensinou Seus discípulos a se submeterem à decisão do tribunal, mesmo que esta exigisse além do que autorizava a lei de Moisés.
Ainda que requeresse uma parte de seu vestuário, deviam submeter-se.
Mas ainda, deviam dar ao credor o que lhe era devido, se necessário entregando mesmo mais do que o tribunal o autorizava a tomar.
“Ao que quiser pleitear contigo”, disse Ele, “e tirar-te o vestido, larga-lhe também a capa.” E se os mensageiros vos exigirem que andeis com eles uma milha, ide com eles duas.
Jesus acrescentou: “Dá ao que te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.”
A mesma lição fora ensinada por intermédio de Moisés: “Não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão ao teu irmão que for pobre; antes lhe abrirás de todo a tua mão, e livremente lhe emprestarás o que lhe falta, quanto lhe baste para a sua necessidade.” Deuteronômio 15:7, 8.
Esta escritura esclarece o sentido das palavras do Salvador. Cristo não nos ensina a dar indiscriminadamente a todos quantos pedem por caridade; mas diz: “Livremente lhe emprestarás o que lhe falta”; e isto deve ser uma dádiva, de preferência a um empréstimo; pois cumpre-nos emprestar “sem nada” esperar. Lucas 6:35.
OMDC, EGW