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FELIZES

“Não vim ab-rogar, mas cumprir.” Mateus 5:17.

Fora Cristo que, por entre trovões e relâmpagos, proclamara a lei no monte Sinai.

A glória de Deus, qual fogo devorador, repousara no cimo do monte, e este tremera ante a presença do Senhor.

Que contraste com a cena sobre o monte das bem-aventuranças!

Sob um firmamento estival, sem som algum a quebrar o silêncio senão o cântico dos pássaros, Jesus desenvolveu os princípios de Seu reino.

Todavia Aquele que naquele dia falava ao povo em acentos de amor, estava-lhes desvendando os princípios da lei proclamada no Sinai.

Ao ser dada a lei, Israel, degradado pela servidão no Egito, necessitara ser impressionado com o poder e a majestade de Deus; no entanto, Ele não menos Se lhes revelou como um Deus de amor.

A lei dada no Sinai era a enunciação do princípio do amor, a revelação, feita à Terra, da lei do Céu.

Foi ordenada pela mão de um Mediador — proferida por Aquele por cujo poder o coração dos homens podia ser posto em harmonia com os seus princípios.

Mas Israel não percebera a natureza espiritual da lei, e com demasiada frequência sua professada obediência não passava de uma observância de formas e cerimônias, em vez de ser uma entrega do coração à soberania do amor.

As palavras de Cristo, conquanto proferidas com serenidade, eram ditas com uma sinceridade e poder que moviam o coração do povo.

O divino amor do Salvador, Sua ternura, para Ele atraíam os homens.

No monte, Jesus estava de perto sendo observado por espias; e, ao desdobrar Ele os princípios da justiça, os fariseus fizeram com que se murmurasse que Seus ensinos estavam em oposição aos preceitos que Deus dera no Sinai.

O Salvador nada dissera para abalar a fé na religião e nas instituições que haviam sido dadas por intermédio de Moisés; pois todo raio de luz que o grande guia de Israel comunicara a seu povo fora recebido de Cristo.

Conquanto muitos digam em seu coração que Ele viera para anular a lei, Jesus com inequívoca linguagem revela Sua atitude para com os estatutos divinos. “Não cuideis que vim destruir a lei e os profetas.”

MDC, EGW